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domingo, dezembro 04, 2016

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VIAGEM NO TEMPO
Descobri a viagem no tempo, infelizmente, por enquanto, só para o passado.
É assim que funciona:
Primeiro procuro pela cidade um “boteco”, uns desses barzinhos existente preferivelmente nas regiões onde há concentração de imigrantes, sejam eles , italianos, portugueses, libaneses etc.
Sento-me numa mesa isolada que dê para observar e ouvir todo o ambiente.
Peço, então, uma garrafa de cerveja dessas de vidro, como existiam antigamente.
Acomodo-me e deixo o tempo passar.
Na segunda cerveja, já no finalzinho da tarde, começam a chegar os clientes habituais do boteco.
Geralmente aposentados, que as mulheres enxotam de casa, para não atrapalharem os serviços domésticos.
As pessoas vão se sentando, pedindo comes e bebes e principalmente falando.
E sabem do que falam?
Do passado.  Da vida que viveram em outras terras, dos familiares, geralmente já mortos, fofocando de como eram suas virtudes e principalmente defeitos.
Fecho então meus olhos e a viagem ao tempo se inicia.
Vejo as rua de Lisboa do século 19, com as casas amontoadas sobre via estreitas, cobertas de flores, carroças e trabalhadores indo e vindo.
Vejo os vilarejos da Itália, as roupas penduradas sobre a rua em Nápoles, o frenético borbulhar da vida em Roma. 
Imagino-me nos bares, restaurantes, visitando as quinta e chácaras com suas parreiras e plantações de azeitona.
Participo de festas barulhentas e usufruo das mesas fartas de vinho, queijos, e frutas típicas.
Vejo meus avos e sinto as dificuldades enfrentadas para sobrevier naquela época.
Com a saída dos fregueses para a janta começo a voltar de meu estado de êxtase, lentamente sinto que voltei à época atual.
O “boteco” vazio deixou de descortinar o passado.
Então volto para casa, mas no dia seguinte, com certeza, voltarei novamente para esta cápsula do tempo.
Experimentem, voces vão adorar.

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