VADE RETRO ME, SATANA!
Com estas palavras a Vulgata Latina (tradução, em latim, das Escrituras) nos apresenta a frase que Jesus dirigiu a Pedro em Mateus 16:23. Significa, segundo a Nova Versão Internacional da Bíblia Sagrada, “para trás de mim, satanás”. E o versículo todo diz o seguinte: “Jesus virou-se e disse a Pedro: Para trás de mim, satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens”. Tudo isso logo depois de ter elogiado a Pedro por sua sensibilidade à revelação do céu sobre ser ele, Jesus, o Messias. Como isso foi acontecer? O que Pedro fez para ir do céu ao inferno em tão pouco tempo?
A resposta surge quando observamos o contexto destas palavras. Ao que parece, Pedro ainda desfrutava a alegria das palavras que o Mestre lhe dirigira quando, numa mudança abrupta de foco, este começou a falar com seus discípulos sobre seu iminente sofrimento e consequente morte na cruz. Pedro não gostou. Chamou-o à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá (v. 22)! Note o verbo “repreender”; indica certa veemência, uma espécie de censura ou reprovação intensa.
Pedro sentiu-se contrariado. Frustrado, talvez, com o fim de toda aquela conversa sobre ser ele uma pedra de edificação, destacada entre as demais. Foi orgulhoso, egocêntrico, inconveniente, presunçoso… Exagerou na dose! O próprio uso do advérbio “nunca” (isso nunca te acontecerá) revela a prepotência de quem acreditava ter o futuro sob controle. Mas o pior: incitou Jesus a romper com qualquer ideia de simplesmente submeter-se ao caminho messiânico em obediência a Deus. Seu sentimento entrou em choque com sua fé e, não satisfeito, tentou impor sua carnalidade ao próprio Jesus. Tentou o próprio Jesus. Comportou-se como um diabo. E assim foi denominado.
Satanás não é nome próprio, mas adjetivo. Traduzido, significa “opositor”. Caracteriza aquele que se opõe frontalmente aos desígnios de Deus. Por isso, é como a Bíblia denomina o anjo caído outrora chamado Lúcifer, o qual se apresenta como um tentador do ser humano desde os primórdios da criação. Quando Pedro tentou impor sobre Jesus uma orientação baseada em sua própria carnalidade, imitou o procedimento do diabo e adquiriu o direito de ser igualmente adjetivado. Jesus não mediu as palavras e não viu contradição em chamar de pedra de tropeço ao que acabara de chamar de pedra de edificação.
Aprendemos, assim, que satanás é todo aquele que, movido por sentimentos inflamados pela sua própria carnalidade, tenta impor sobre o servo de Deus orientação que o afaste de Sua vontade soberana. Por isso, quando uma pessoa magoada e ressentida em seu coração, seja com outra pessoa ou com toda uma comunidade, orienta as demais a que rompam com estas para darem vazão ao mesmo tipo de sentimento, está se fazendo de satanás para elas. Já não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens.
Se você aconselha um amigo a ir à forra com um desafeto, um cônjuge a abrir mão de seus esforços em favor do casamento, um parente em fragilidade emocional a se deixar levar pelo pecado ou pelo vício, um irmão na fé a deixar a igreja por causa de dificuldades momentâneas, um novo crente a desanimar de seus líderes com críticas ácidas e sem amor, tudo isso sem oração, fundamento bíblico ou consciência de dependência de Deus, não faz mais que ser satanás em suas vidas.
De pedra de edificação passou a ser pedra de tropeço. Já não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens. Vade retrum me — é o que vai acabar ouvindo…
A resposta surge quando observamos o contexto destas palavras. Ao que parece, Pedro ainda desfrutava a alegria das palavras que o Mestre lhe dirigira quando, numa mudança abrupta de foco, este começou a falar com seus discípulos sobre seu iminente sofrimento e consequente morte na cruz. Pedro não gostou. Chamou-o à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá (v. 22)! Note o verbo “repreender”; indica certa veemência, uma espécie de censura ou reprovação intensa.
Pedro sentiu-se contrariado. Frustrado, talvez, com o fim de toda aquela conversa sobre ser ele uma pedra de edificação, destacada entre as demais. Foi orgulhoso, egocêntrico, inconveniente, presunçoso… Exagerou na dose! O próprio uso do advérbio “nunca” (isso nunca te acontecerá) revela a prepotência de quem acreditava ter o futuro sob controle. Mas o pior: incitou Jesus a romper com qualquer ideia de simplesmente submeter-se ao caminho messiânico em obediência a Deus. Seu sentimento entrou em choque com sua fé e, não satisfeito, tentou impor sua carnalidade ao próprio Jesus. Tentou o próprio Jesus. Comportou-se como um diabo. E assim foi denominado.
Satanás não é nome próprio, mas adjetivo. Traduzido, significa “opositor”. Caracteriza aquele que se opõe frontalmente aos desígnios de Deus. Por isso, é como a Bíblia denomina o anjo caído outrora chamado Lúcifer, o qual se apresenta como um tentador do ser humano desde os primórdios da criação. Quando Pedro tentou impor sobre Jesus uma orientação baseada em sua própria carnalidade, imitou o procedimento do diabo e adquiriu o direito de ser igualmente adjetivado. Jesus não mediu as palavras e não viu contradição em chamar de pedra de tropeço ao que acabara de chamar de pedra de edificação.
Aprendemos, assim, que satanás é todo aquele que, movido por sentimentos inflamados pela sua própria carnalidade, tenta impor sobre o servo de Deus orientação que o afaste de Sua vontade soberana. Por isso, quando uma pessoa magoada e ressentida em seu coração, seja com outra pessoa ou com toda uma comunidade, orienta as demais a que rompam com estas para darem vazão ao mesmo tipo de sentimento, está se fazendo de satanás para elas. Já não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens.
Se você aconselha um amigo a ir à forra com um desafeto, um cônjuge a abrir mão de seus esforços em favor do casamento, um parente em fragilidade emocional a se deixar levar pelo pecado ou pelo vício, um irmão na fé a deixar a igreja por causa de dificuldades momentâneas, um novo crente a desanimar de seus líderes com críticas ácidas e sem amor, tudo isso sem oração, fundamento bíblico ou consciência de dependência de Deus, não faz mais que ser satanás em suas vidas.
De pedra de edificação passou a ser pedra de tropeço. Já não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens. Vade retrum me — é o que vai acabar ouvindo…
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