Caapora
Enquanto o termo curupira referia-se a uma entidade mágica desde tempos pré-cabralinos, o termo caapora, na origem, referia-se a índios bravios, não assimilados, em contraste com os índios aldeados das missões. O termo caipira tem a mesma origem e também foi usado para designar índios selvagens e depois uma assustadora entidade mágica da selva, embora mais tarde tenha adquirido, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o significado de roceiro rústico (caracterizados pela agricultura de subsistência, pela cultura itinerante e por não terem a posse da terra) e, mais recentemente, o de qualquer natural do interior.
Caapora ou Caipora é o nome dado no Nordeste do Brasil e Espírito Santo a entidades análogas ao curupira. O nome vem do tupi ka'apora, formado de ka'a, "mato" e pora "habitante de". Segundo o Dicionário do Folclore Brasileiro de Câmara Cascudo, distingue-se do curupira por ter pés normais. Em geral, também não é representado peludo como o curupira, mas glabro como um índio.
Em um sentido figurado, chama-se de "caipora" tanto uma pessoa que supostamente causa má sorte, azar ou infelicidade quanto a pessoa azarada ou mal-sucedida naquilo que faz, como se supõe que seja o caso do caçador perseguido pelo caipora propriamente dito.
Geralmente, o caapora ou caipora é descrito como um índio tapuia de pele escura, nu ou de tanga, ágil, que fuma cachimbo e adora fumo e cachaça, dominando com seus assobios os animais da mata. Indo o caçador munido de fumo e encontrando o Caapora, se este pedir-lhe e for satisfeito, pode contar que será daí em diante feliz na caça. Por outro lado, detesta o alho e a pimenta, capazes de provocar-lhe cólera.
Também se diz que o caipora é capaz de ressuscitar os animais mortos sem sua permissão, apavorando os caçadores. Faz isso com uma simples ordem verbal, ou com o contato do focinho do caititu (suíno selvagem) que cavalga, ou com uma vara de ferrão, ou ainda com um galho de japecanga (Smilax sp., trepadeira espinhosa medicinal, de efeito sudorífero, depurativo e anti-sifilítico, cujos frutos eram usados pelos índios como tintura).
No Ceará, segundo Câmara Cascudo, aparece com cabeleira hirta, olhos de brasa, cavalgando um caititu e agitando um galho de japecanga Engana os caçadores que não lhe trazem fumo e cachaça e surra impiedosamente os cachorros.
No Rio Grande do Norte e Paraíba, é tido como inimigo dos cães de caça. Obriga-os a correr atrás dele, para fazer com que os caçadores o sigam, mas desaparece de repente, deixando os cães tontos e os caçadores perdidos. Anda sempre à cavalo, ou montando um veado ou um coelho.
Em Pernambuco, apresenta-se com um pé só, redondo como o do pé-de-garrafa, e traz consigo sempre um cão a que dão o nome de Papa-Mel.
Em Sergipe, quando não o satisfazem, mostra-se gaiato: brincando, faz o viajante rir até cair morto e é conhecido como "espírito cômico", ou o mata de cócegas.
Na Bahia, aparece sob a forma da caiçara, cabocla pequena, quase negra, que anda montada num porco. Também como um negro velho e como um negrinho em que "só se vê uma banda".
Em Minas Gerais e na Bahia, ao longo do rio São Francisco, é um caboclinho encantado, habitando as selvas, com o rosto redondo e um olho no meio da testa.
No Rio de Janeiro, informa Félix Ferreira, na fazenda de Santa Cruz, da antiga propriedade dos jesuítas, é crença geral entre os que ali são nascidos, que o caapira ou caipora, como é mais comum, tem por seu companheiro o saci-pereira, um pássaro noturno de um pé só, que anda a desoras a cantar pelas estradas: "Saci-pereira, minha perna me dói!" Há uma parlenda infantil Saci-pererê, de uma perna só, com a variante Saci-pererê de uma banda só (Cachoeira, 1933).[1]
Para os caipiras do Vale do Paraíba, ou piraquaras, a caipora é verde e cabeluda.[2]
No Rio Grande do Sul, o caipora tem os pés para trás e é chamado
também carambola (Luís Carlos de Morais, Vocabulário sul-riograndense).
No Paraná, segundo Câmara Cascudo, o caipora é um gigante peludo. Essa crença é possivelmente mais antiga que o caipora confundido com o curupira.
Em Monstros e monstrengos do Brasil, Afonso de Escragnolle Taunay reproduz o seguinte Relato do bicho ou monstro que dizem fora trazido da América para esta capital, publicado em Lisboa, em 1807:
"Em São Paulo e em outras partes da América meridional há uma antiga tradição de que se acham naqueles sertões tribos de povos selvagens da grandeza de gigantes, cobertos pela maior parte de cabelos e carnívoros.
Estes homens são conhecidos pelo nome de caipiras, que quer dizer 'selvagem dos bosques', porque cai, na língua do país, significa 'bravio' e pira, 'árvore', e como ali há um uso de fazerem os adjetivos substantivos, designam o homem bravio que vive entre as árvores com o nome de caipira. Outras pessoas dizem que cai significa macaco e que caipiras são macacos grandes que vivem no interior dos bosques; e asseguram que em São Paulo se põe medo às crianças com caipiras, como entre nós com o papão.
Eu mesmo ouvi dizer a um sujeito condecorado, natural daquele país, que a existência dos caipiras era um fato bem averiguado e que haverá pouco mais de trinta anos que os caçadores das vizinhanças de São Paulo haviam haviam morto um.
Também se diz que outros selvagens, conhecidos pelo nome de caiporas, de estatura baixa, mas que se não têm visto nunca mais de que um só por cada vez (montado em um porco bravo, que serve de guia a um rebanho inteiro de porcos).
Os tais caiporas, segundo a opinião de alguns habitantes daquelas terras, são os filhos dos caipiras, porque, como estes são carnívoros, domesticam os porcos bravos e põem em cada rebanho um de seus filhos para conduzir estes animais."
Traducción al español por Google:
CaaporaMientras que el término curupira referirse a una entidad mágica desde tiempos pre-cabralinos, caapora plazo en origen, en referencia a los indios salvajes, no asimilados, en contraste con los indios sedentarios de las misiones. El término rústico tiene el mismo origen y también se utiliza para designar indios salvajes y luego una entidad mágica miedo de la selva, aunque más tarde adquirió en el sureste y medio oeste, el significado de Hick rústico (caracterizada por la agricultura de subsistencia, por la agricultura migratoria y no tienen la propiedad de la tierra) y, más recientemente, de cualquier interior natural.
Caapora o Caipora es el nombre dado en el noreste de Brasil, y el Espíritu Santo a entidades similares a Curupira. El nombre proviene del tupí ka'apora, ka'a formada, "matar" y pora "habitante". De acuerdo con la brasileña Folclore Diccionario Cascudo, se diferencia de curupira tener los pies normales. En general, tampoco se muestra como curupira hairy pero glabra como un indio.
En un sentido figurado, que se llama el "gafe" por lo que una persona que supuestamente causan la mala suerte, la mala suerte o la desgracia como la persona mala suerte o éxito en lo que hace, cómo se supone que es el caso del cazador perseguido por sí Caipora .
En general, el caapora o Caipora se describe como un tapuias india tabaco de pipa de fumar de piel oscura, desnudo o tanga, ágil, y ama y ron, dominando con sus silbatos los animales del bosque. Yendo al cazador armado con el humo y la búsqueda de Caapora si pido y está satisfecho, puede contar con que será a partir de entonces la caza feliz. Por otro lado, odia el ajo y la pimienta, capaz de provocar su ira.
También se dice que el Hoodoo es capaz de resucitar a los animales muertos sin su permiso, aterrador cazadores. Hacerlo con una simple orden verbal, o el contacto hocico pecarí (cerdo salvaje) que cabalga, o una varilla de la espiga, o con una rama japecanga (Smilax sp., Medicinal vid espinosa, el efecto sudorífico, purificación y anti-sifilítico, los frutos fueron utilizados por los indios como tinte).
En Ceará, según Cascudo, aparece con pelo erizado, los ojos calientes, montando un pecarí y agitando una rama japecanga inducir a error a los cazadores que no te lo tabaco y el ron y los perros sin piedad a latir.
En Rio Grande do Norte y Paraíba, se considera como un enemigo de los perros. Les obliga a correr tras él, para hacer que los cazadores le siguen, pero de repente desaparece, dejando a los perros cazadores mareado y perdido. Siempre paseos a caballo o montar un ciervo o un conejo.
En Pernambuco, se presenta con un pie, redonda como la botella de pie a, y siempre trae un perro al que dan el nombre de Papa-Mel.
En Sergipe, cuando el no cumplen, se muestra WAG: juego, hace que la risa que viaja hasta el cansancio muertos y se conoce como "espíritu cómico" o el cosquilleo bosque.
En Bahía, que aparece en forma de caiçara, cabocla pequeña, casi negro, montado en un cerdo caminando. También como un viejo negro y de niño negro que "sólo ver a una banda."
En Minas Gerais y Bahía, a lo largo del río San Francisco, es un caboclinho deleitó, que habita en las selvas, con una cara redonda y un ojo en el medio de la frente.
En Río de Janeiro, informa Félix Ferreira, en la finca de Santa Cruz, la antigua propiedad de los jesuitas, es la creencia general entre los que nacen, que el caapira o Hoodoo, como es más común, es su compañero SacI-pera un ave nocturna de un pie, caminando por las calles cantando últimamente el "Saci-pera, me duele la pierna!" Hay un SacI-Pererê rimas niño de una pierna, con la variante SacI-Pererê sólo una banda (cascada, 1933) [1].
Para los hillbillies del Valle del Paraíba, o piraquaras la hoodoo es verde y peludo. [2]
En Rio Grande do Sul, el Caipora tiene las piernas hacia atrás y se llama
También carambola (Luis Carlos de Morais, riograndense Sur de vocabulario).
En Parana, según Cascudo la hoodoo es un gigante peludo. Esta creencia es posiblemente mayor que la Caipora confundirse con curupira.
En los monstruos y los monstruos de Brasil, Afonso de Taunay Escragnolle reproducir los siguientes informes de Critter o monstruo que dicen fue traído a América esta capital, publicado en Lisboa en 1807:
"En Sao Paulo y otras partes del sur de Estados Unidos hay una larga tradición de aquellos que son hinterlands tribus de pueblos salvajes de la grandeza de los gigantes, cubierto por la mayoría del cabello y carnívoros.
Estos hombres son conocidos por paletos nombre, que significa 'salvaje de los bosques', porque cae en el idioma local significa 'salvaje' y la pira, 'árbol', y cómo hay un uso no sustantivos adjetivos para describir el hombre salvaje que vive en los árboles con el nombre rústico. Otros dicen que significa mono cae y paletos son grandes simios que viven dentro de los bosques; y garantizar que en Sao Paulo establece miedo de los niños con Hicks, y cómo ntre nosotros con papão.Eu oído hablar a un tipo decorado, un nativo de ese país, que la existencia de paletos era un hecho bien comprobado es que habrá poco más de treinta años que los cazadores barrios de Sao Paulo habían habían matado a uno. también se dice que otro salvaje conocida por su nombre caiporas, estatura corta, pero que nunca han visto más de uno por vez (montado en un cerdo salvaje, que guía sirve todo un rebaño de cerdos) .los tales caiporas, en opinión de algunos habitantes de la tierra, son los hijos de los catetos, porque a medida que estos son carnívoros, los cerdos domesticados valiente y poner en cada rebaño uno de sus hijos para llevar a cabo estos animales ".
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