Podemos dizer que os gêmeos univitelinos são clones feitos pela natureza. Nesse caso, um conjunto de células que deveria resultar numa pessoa só acaba se partindo em dois. Cada metade tem a mesma informação genética e dá origem a um indivíduo idêntico. Essa técnica, chamada de bipartição de embriões, já foi usada com sucesso pelos cientistas na clonagem de bovinos e macacos. Eles usam uma lâmina finíssima para dividir o conjunto de células ao meio.
O clone também tem a mesma personalidade do original?
Não. O clone humano teria as mesmas características físicas, como a cor dos olhos, o formato das unhas ou até mesmo uma alergia ao leite. “Mas matriz e cópia seriam duas pessoas diferentes, com gostos e personalidades distintas, moldadas a partir de situações que vivemos todos os dias”, diz a geneticista Mayana Zatz, do Instituto de Biologia da USP.
Quais os benefícios da clonagem para o ser humano?
No caso da clonagem de indivíduos, os casais com possibilidade zero de ter filhos seriam os principais beneficiados: “Às vezes o casal não fica à vontade com a idéia da adoção e pode preferir criar uma pessoa que, se não se parece com os dois, pelo menos tem as características de um deles”, explica José Antônio Visintin. Por outro lado, a chamada “clonagem terapêutica” – que produz células para reposição em órgãos doentes –, pode ser a chave para o tratamento de males como hepatite, diabetes, osteoporose e até o câncer e o Mal de Alzheimer.
Quem são os pais de um clone?
“O pai e mãe do clone são uma única pessoa: o clonado, que cedeu a célula para que a cópia fosse feita”, diz José Antônio Visintin. Na verdade, ele não é chamado de pai ou mãe, mas de doador ou matriz, pois o clone não é seu filho e sim uma cópia idêntica sua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário